Resenha: É Culpa do Macron de Gisele Servare

Olá queridos amigos leitores! Quando chega o livro físico de um dos seus ebooks favoritos, vale relembrar a resenha 

só pra poder postar foto né? 

(foto dele com os irmãozinhos De Berlim a Lisboa e a filha que nunca tive)

🎶🗼"— Mas existem momentos em que não é possível mais trazer o passado. Mesmo que seja dolorido, é preciso concentrar as energias para construir um novo futuro."

Lili é uma mulher viúva com um filho adolescente que tem apresentado comportamentos terríveis  na escola, ela ainda não  superou muito bem o luto,o que faz com que ela queira dar uma guinada em sua vida se mudando  para o interior.

Só que a casa que ela compra  tem outro dono, o depressivo e antissocial Manni. Ele é neto do falecido dono oficial, e pretende fazer valer seus direitos.

Acontece que se o juiz levar isso a processo nenhum dos dois poderá morar na casa, e os dois precisam disso mais que tudo, então  eles terão  que compartilhar a casa e a vizinhança peculiar até que a decisão  do juiz saia.

🎶🗼" E, em vez de eu pensar em me afastar por reconhecer nele um homem fraco, eu, que também era feita de cacos e ruínas que foram se sustentando com o passar do tempo, me senti em casa."

Com humor e momentos mágicos  a autora nos presenteia com uma história  gostosa, marcante e extremamente verdadeira.

A trama apesar de leve traz assuntos e questionamentos importantes como os desafios e contradições das mulheres em contraste com a maternidade, famíliares abusivos, alcoolismo como auto medicação  para depressão, sinais de alerta para o suicídio, e transtornos mentais. 

Destaque para os detalhes da cultura alemã inseridos, pois nos mostram pequenos detalhes que apenas quem convive com os nativos desse país pode conhecer tão  bem.

A narrativa nos mostra também  a preocupação  da autora com a inclusão, ao trazer Susanne, uma personagem anã, o que é realmente incomum em tramas contemporâneas. 

É culpa do Macron é mais do que um romance divertido, é um livro sobre os limites que impomos a nós mesmos e as barreiras que construímos para evitar que a pessoa que amamos, seja ela um filho ou o amor da sua  vida, se machuque.