É possível dissociar a obra do autor é um ensaio interessante sobre onda de “cancelamentos”

 

Olá queridos amigos leitores! Para esse domingo trago uma discussão pertinente, é possível dissociar a obra do autor? 

É o que @giselesapiro responde em seu ensaio publicado pela @editoramoinhos no ano passado.

“ o caso revela a regra mais fundamental: A associação entre uma obra e seu autor, a quem é concedido o prêmio, mesmo que a obra em particular forneça a circunstância de consagração, pois é o autor que o prêmio consagra”

Neste livro, a autora que é uma socióloga francesa, não promete respostas,mas sim induz a reflexão, defendendo que cada caso tem que ser avaliado separadamente, por existirem muitas variáveis.

Gisele cita casos de autores abertamente racistas, antissemitas, nazistas e com posicionamentos políticos que hoje são crime contra a humanidade.

Além disso, a leitura nos obriga a pensar sobre pseudônimos em que a imagem do autor acaba desassociada de seu nome, por muitas vezes nem sabermos quem é a pessoa por traz do livro.

Um detalhe importante a ser dito é que o livro traz muitas referências a autores, produtores e artistas franceses, então não leia procurando encontrar menções a Lovecraft, J K Rowling, ou Marion Zimmer Bradley, mas sim casos mundialmente famosos como o de Roman Polanski.

A conclusão que autora nos traz é que devemos analisar a obra, e mesmo que não haja nenhuma relação entre o crime ou conduta ilegal do autor, analisemos se vale a pena dar palco para tais artistas. Uma decisão pessoal que acabará vindo da cabeça do próprio leitor ou consumidor de arte.

#epossiveldissociaraobradoautor #editoramoinhos #romanpolanski #lovecraft #hplovecraft #jkrowling #marionzimmerbradley #edgarallanpoe